Preserve as abelhas

Preserve as abelhas

A presença das abelhas, assim como a de todo ser, desperta nas pessoas sentimentos dos mais variados.

Por um lado existem aqueles que se identificam tanto com o pequeno inseto a ponto de tatuá-lo ou fazerem uso de sua imagem em roupas ou em objetos decorativos por se identificarem com as variadas simbologias atribuídas às abelhas em diversas culturas, como por exemplo, a ordem, lealdade, nobreza, alma, amor; por outro lado, existem aqueles que são alérgicos as picadas e tentam evitar ao máximo a proximidade com os nossos amiguinhos voadores por temerem as graves consequências de uma ferroada letal.


Seja como for, esses simpáticos insetos vivem em nosso planeta desde o período Cretáceo (146 a 76 milhões de anos), e seu surgimento deu-se por meio das vespas que passaram a ter uma nova opção de alimentação a partir do surgimento das plantas com flores.

Atualmente existem cerca de 25 mil espécies em quase todo o mundo e a espécie comumente encontrada no Brasil e nos demais países é a Apis mellífera


Mas as peculiaridades das abelhas não param por aí!

Além do fato delas possuírem um papel fundamental na polinização, o que por si só já é uma atividade essencial para garantir, não apenas a nossa existência, mas a de muitos outros animais e plantas, as abelhas também servem para sinalizar quando o ecossistema de determinada região está saudável devido a sua sensibilidade às mudanças climáticas. Percebeu como elas são importantes?

 


Existem diversas espécies de abelhas, porém, nem todas produzem mel ou vivem em colônias, e esse é o caso das abelhas solitárias, por exemplo, que representam aproximadamente 85% das espécies existentes.

Uma fêmea de abelha solitária coleta a quantidade de alimento necessária para suprir as necessidades das larvas em desenvolvimento, é responsável pela construção e defesa de seu ninho, além de ovopositar sem a ajuda de outras abelhas, e morre após a conclusão dessas tarefas antes que qualquer contato com os seus filhos possa ter havido.


E aqui vai outra informação pra lá de interessante: A Mamangava ou Mamangaba, como é conhecida em algumas regiões, é uma espécie de abelha solitária, sabia?

Ela é de grande porte e percorre grandes distâncias, mas, apesar do tamanho e da intensa dor causada pela ferroada, as Mamangavas não são agressivas.

Agora, quando o assunto é a produção de mel e a vida em colônias, as estrelas da vez são as abelhas sociais. Elas vivem em colmeias e são divididas por castas, mas talvez poucos saibam que a maioria das abelhas que habitam essas colmeias são fêmeas, sendo uma rainha, a única abelha fértil, com tamanho superior das demais por ter sido uma larva alimentada com geléia real, cuja responsabilidade é a de, não apenas colocar mais de 2.000 ovos por dia, mas também garantir a manutenção da ordem social na colmeia por meio da liberação de feronômios que, entre outras coisas, inibem a produção de outras rainhas; e aproximadamente cerca de 5.000 a 100.000 abelhas operárias, abelhas menores encarregadas de todo o trabalho, desde a faxina até a defesa da colmeia.


E por falar em abelha rainha e operária, outro diferencial entre elas é o formato dos ferrões, pois, enquanto os das abelhas operárias são em forma de serrote, o ferrão da rainha tem a superfície lisa possibilitando que ela o utilize sem colocar em risco a sua vida. O mesmo não ocorre com os ferrões das abelhas operárias que, ao ferroarem, acabam ficando presos ao local da ferroada puxando parte dos órgãos internos, o que acaba matando-as em poucas horas.

 


Já os machos, possuem tamanho similar ao da abelha rainha e originam-se a partir de ovos não fecundados. Não possuem ferrões e não exercem qualquer atividade nas colmeias, porém, seus destinos são trágicos uma vez que, durante o acasalamento realizado ao longo do vôo nupcial, seus órgãos genitais ficam presos no corpo da rainha levando-os à morte. Aproximadamente 20 zangões fecundarão a rainha enquanto ela realiza o seu voo nupcial.


As abelhas também possuem excelente comunicação entre si e isso ocorre por meio de toques, movimentos, sons e cheiros. No momento do voo, quando uma abelha quer indicar a origem da fonte de alimento, ela dança de forma circular realizando movimentos conhecidos como requebrados. Elas são os únicos insetos que produzem alimentos consumidos por humanos, como é o caso do mel, própolis e geléia real, além de produzirem também ceras e veneno.

O consumo dos produtos produzidos por abelhas ainda é muito questionado pela comunidade vegana, estudos vêm sendo feitos sobre a possibilidade de interações sustentáveis entre humanes e abelhas. 

O veneno das abelhas também vem sendo aplicado em pesquisas para o desenvolvimento de medicamentos e tratamentos médicos. Os produtores que optam por criar abelhas da espécie Apis melífera passam então a trabalhar com a Apicultura.


Outro fato curioso relacionado as abelhas é que, apesar da associação imediata entre abelha e ferroada, que ocorre cada vez em que esse inseto é avistado, nem todas as abelhas possuem ferrões capazes de atacar.

 

Existem algumas espécies nativas de abelhas da subfamília Meliponinae, como é o caso das abelhas melíponas e trigonas, que são conhecidas como abelhas sem ferrão por possuírem ferrões atrofiados que impossibilitam as temíveis ferroadas, no entanto, essas espécies, ainda que mansas, como forma de defesa com relação aos humanos, podem acabar enrolando-se nos cabelos ou entrando em seus ouvidos ou nariz, por exemplo. Por isso é importante que os produtores utilizem roupas e luvas apropriadas durante os cuidados com a colmeia. E por falar em colmeia, não é aconselhável retirar as abelhas nativas de suas regiões pois isso pode até causar a sua extinção.


Apesar de produzido em menor quantidade se comparado as abelhas com ferrão, o mel das abelhas sem ferrão costuma ser mais líquido e possuir um sabor mais suave devido ao fato delas escolherem flores específicas para visitar e esses fatores tornam o produto, muito utilizado na culinária e em fins medicinais, um pouco mais caro do que o mel das abelhas com ferrão.
Essas abelhas, por serem mansas e não ferroarem, acabam sendo as melhores opções para alguns produtores que passam então a trabalhar com a Meliponicultura.

 

Ufa!! Quantas informações relevantes acerca desse pequeno grande inseto, não é mesmo?
E isso ainda não é tudo pois o mundo das abelhas, suas espécies e subespécies é repleto de muitas outras curiosidades mas esperamos termos conseguido, ao menos, ter demonstrado um pouco da enorme importância que elas têm para a nossa existência.


Vida longa às abelhas!

 

#DesafioTerraDoceLar


É indiscutível a relevância das abelhas para garantir a polinização, e, consequentemente, a sobrevivência em geral, no entanto, assim como esses insetos, nós também podemos fazer a nossa parte para garantir a existência de alimento a toda população e assim também garantimos a existência de mais abelhas. 

Como faremos isso? Participando do #desafioterradocelar, é claro! Por meio dele plantaremos cerca de 8 bilhões de novas mudas alimentícias, acabando assim com a fome mundial. Impossível? Que nada! É tudo muito simples: você planta uma muda alimentícia; registra o seu plantio no site do Terra Doce Lar por meio desse link você desafia mais duas pessoas a fazerem o mesmo e compartilha o plantio em suas redes sociais para que essa iniciativa possa tornar-se conhecida e divulgada. Viu como é fácil?

Agora, bora iniciar o plantio?

 

#PreserveAsAbelhas

Autora: Karla Gama

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